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frente a frente

A forma frente a frentepode ser[nome feminino] ou [nome masculino de dois números].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
frente-a-frentefrente-a-frentefrente a frente
( fren·te·-a·-fren·te

fren·te·-a·-fren·te

fren·te a fren·te

)


nome masculino de dois números

Conversa, debate ou encontro entre duas pessoas, de maneira que uma fique directamente em frente à outra.

etimologiaOrigem etimológica:frente + a + frente.

iconeConfrontar: frente a frente.
grafiaGrafia no Brasil:frente a frente.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:frente a frente.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: frente-a-frente.
grafiaGrafia em Portugal:frente-a-frente.
frentefrente
( fren·te

fren·te

)
Imagem

EncadernaçãoEncadernação

Superfície exterior de um livro ou caderno que corresponde à abertura do volume, na parte oposta à lombada.


nome feminino

1. Parte dianteira. = FACEVERSO

2. Lado principal do exterior de um edifício, onde está a entrada principal. = FACHADA, FRONTARIA, FRONTISPÍCIOTRASEIRAS

3. Frontispício.

4. Rosto.

5. Vanguarda.

6. Extensão ou linha de território contínuo em que combatem os soldados.

7. [Encadernação] [Encadernação] Superfície exterior de um livro ou caderno que corresponde à abertura do volume, na parte oposta à lombada.Imagem = CORTE DE ABERTURA, DIANTEIRA

8. [Meteorologia] [Meteorologia] Zona que limita duas massas de ar de densidade e temperaturas diferentes, bem como a sua linha divisória com a superfície terrestre.


à frente

Na dianteira (ex.: segue à frente para mostrares o caminho).

Perto dos olhos (ex.: falava com o texto à frente).

Em posição de comandar ou dirigir (ex.: quem ficou à frente foi o irmão mais velho; a filha está à frente da empresa).

Na parte posterior de um texto (ex.: a argumentação é falaciosa, como à frente se provará). = ABAIXOACIMA, ANTES, ATRÁS

daí para a frente

A partir desse ponto no tempo ou no espaço (ex.: ganhou confiança e daí para a frente conseguiu executar a dança; a viagem tem de ser feita de jipe daí para a frente). = DAÍ EM DIANTE

dali para a frente

A partir daquele ponto no tempo ou no espaço (ex.: o presidente prometeu mobilizar mais recursos dali para a frente; a caminhada é feita sem guia dali para a frente). = DAÍ EM DIANTE

daqui para a frente

A partir deste ponto no tempo ou no espaço (ex.: daqui para a frente só haverá uma pausa para café e não duas; daqui para a frente a rua muda de nome). = DAÍ EM DIANTE

em frente

Defronte; a direito.

fazer frente

Resistir.

Estar voltado para (determinado lado).

frente a frente

Em posição em que um está diante do outro (ex.: nunca conversaram frente e frente). = FACE A FACE

etimologiaOrigem etimológica:espanhol frente, do latim latim frons, ontis.

frente a frentefrente a frente

Auxiliares de tradução

Traduzir "frente a frente" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.




A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).